sábado, 9 de julho de 2011

#BicicletadaSM

Sempre fui meio mongona para andar de bicicleta. Quando pequena, gostava da segurança das rodinhas. Tinha medo de cair; eu tinha medo de várias coisas. Meio travadinha, sabe. Só subia na árvores depois que todos subiam, só subia o morro depois que via os outros indo primeiro...etc. Tipo maria vai com as outras. Eu era delicada, hahaha.
Então...acho que aprendi mesmo a andar de bike na adolescência. Achava as bicicletas altas demais, e saía andando tremelicando. Tirar as mãos do guidão, nem pensar. Era demais para mim. Patético.

Uma das coisas legais que a gente fazia em Restinga Seca era andar de bike na estrada de chão (sim, porque não tinha asfalto na estrada em frente a nossa casa). Íamos até um local chamado Espigão, um mega ladeirão, todo empedrado. Subíamos até o topo com as bikes e descíamos o espigão. Uhuuuuu!! Detalhe que eu, tri idiota, na primeira vez, desci junto com a Lúcia - uma em cada bike-, só que eu não freei durante a descida. Bom...só lembro da Lúcia me olhando disparando na frente dela, tri apavorada. Claro que eu ganhei o racha né. Na loucura, mas ganhei. E eu com as mãos grudadas no guidão e a adrenalina a mil pelo Brasil. Se eu caísse...iria me machucar bastante. Sabe quando tu não se liga que pode usar o freio? Tá loco...

Eu me lembrei disso porque vi no Twitter que no dia 14 de agosto, um domingo, ocorre a #BicicletadaSM, com saída às 15h da Biblioteca Pública Municipal.
Seria tão bom se houvesse na cidade mais estrutura para circulação de bicicletas e menos carros. Não adianta culpar as pessoas por comprarem carros se não há ciclovias, não há trens, não há transporte coletivo eficiente.
Eu adoraria me deslocar de bike na cidade, mas tenho medo de fazer isso em Santa Maria. O trânsito daqui anda tão caótico, tão intolerante, tão desorganizado, que não tem como as pessoas simplesmente trocarem o meio de transporte pela bicicleta.

Então, eventos como esse são interessantes para trazer à tona essa discussão. Ainda mais depois do episódio do maluco atropelador em Porto Alegre.

O cartaz é de Elias Maroso. Ficou bem legal!